Archive for Setembro 27, 2007

O Mapinguari

Uma das características mais marcantes do Mapinguari é o odor insuportável que ele exala na mata. Os caboclos o descrevem como um bicho semelhante a um homem com o corpo coberto de pêlos, como um grande macaco, e com apenas um olho bem no meio da testa.

Dizem também que a boca do Mapinguari é algo descomunal; tão grande que não termina no queixo, como a dos homens, mas na barriga. A pele dessa figura mitológica é descrita como parecida ao couro dos jacarés e ele tem nas costas uma espécie de armadura que se parece com um casco de tartaruga.

Ao contrário das outras “visagens”, o Mapinguari ataca mais durante o dia do que à noite. E há também os que dizem que o Mapinguari só aparece em dias santos. Dentro da mata, é fácil perceber o rastro de um Mapinguari: os arbustos ficam que quebrados e o mato todo esmagado. Ao correr no meio da mata o Mapinguari solta gritos, da mesma forma como os caçadores fazem para se comunicarem uns com os outros.

Ele faz isso para atrair a atenção dos caçadores e poder devorá-los com sua boca imensa. E dizem que começa pela cabeça da vítima!   É nessa atmosfera de encanto, riqueza e beleza que a região nos convida a embarcar uma viagem para redescobrir sua história e identidade através das lendas que permanecem nalembrança deste povo há vários séculos. Vale à pena

As lendas, os mitos e a cultura Amazônica

A Amazônia é rica em suas belezas naturais, na sua biodiversidade de ecossistemas, a fauna e a flora. Além de todos esses adjetivos que esta belíssima região possui. um atrativo a mais que são as lendas.. Um prato cheio pra quem gosta de conhecer histórias sobre a região, os costumes e tradições, que geralmente são passadas de geração em geração. As mais conhecidas lendas da região são as lendas do boto, a vitória régia, mapinguari, matinta pereira e a cobra grande.

Contam que no interior, costuma-se reunir a família em frente às suas casas, na maioria das vezes a casa é uma palafita e os moradores são ribeirinhos e começam a narrar para as crianças as estórias, e elas por sua vez escutam tudo atenciosamente.

Roseane Silva é uma ribeirinha que nasceu e foi criada até seus vinte e um anos de idade em Membeca, região da várzea ás margens do Rio Tapajós, no município de Santarém, no oeste do Pará, e conta que sempre ouvira e conhecera todas as lendas diz que a que mais teme é a Lenda do Boto que segundo ela é assim:

 “Um belo rapaz desconhecido, de roupas e sapatos brancos e o característico chapéu, também branco, que busca encobrir parte do rosto e o buraco que traz no alto da cabeça: é o boto!”. Nas festas ou à beira de trapiches, sempre haverá, segundo a crendice popular, um boto a espreitar alguma moça ingênua e, de preferência, virgem ou mestruada.

Alguns descrevem até o andar da visagem: dizem que é meio desajeitado e que muitas vezes locomove-se com certa dificuldade pelo pouco hábito em terra firme. Outros já o descrevem como alguém muito alinhado, porém calado demais para os costumes da região. Por isso, logo se desconfia de que é algo sinistro.

No entanto, para as moças novas que porventura estejam a olhar alguma festa de interior, nada de estranho o boto lhe parece. Muito pelo contrário! A paixão é à primeira vista! Quando se dão conta já foram conquistada e depois que o Boto consegue o que quer, ou seja, conquistar a moça escolhida sai na carreira e se joga no primeiro braço de rio ou igarapé. Nessa hora é que todos se dão conta de que não era um rapaz qualquer, mas o boto! 

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CASA DO CATALENDAS

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A região amazônica é muito rica em todos os aspectos e não seria diferente no que diz respeito as suas lendas e folclores. Dentro de uma diversidade tão grande de culturas, de estórias, rituais que temos em nosso país, em Belém do Pará encontramos uma maneira criativa e interessante de repassar toda essa cultura para as crianças e também aos adultos.

 É a Casa do Catalendas, que a princípio era um apenas um programa exibido aos sábados pela TV Cultura do Pará, e foi ao ar pela primeira vez em 1999 e logo caiu nas graças do público infantil e também do adulto, com o passar do tempo foi parar em outras telinhas do Brasil, ganhando novas lendas e narrativas populares de outras partes do país e do mundo. 

Devido a esse sucesso, em outubro de 2005 o programa passou a ter um espaço físico de referência, funcionando num sobrado do início do século XX, localizado na Avenida Diogo Móia, onde está exposto todo o acervo do programa (cenários e bonecos) e está aberta a visitação de escolas para atividades didáticas com o universo das lendas como o tema.

Este ano a Casa do Catalendas abriu uma filial para visitação na Estação das Docas e com um estande na Feira do Livro 2007 tudo isso devido ao grande numero de visitantes que tem alcançado nesses anos.

A casa conta com um espaço para ouvir e contar estórias que retratam a nossa cultura A visita fica completa com oficinas de arte pra pintar, desenhar, colar e recriar o universo das narrativaspopulares; estimular a criatividade das crianças.

O mais interessante disso tudo é que a Casa do Catalendas não funciona somente como entretenimento. É um espaço cultural, onde as crianças poderão participar de oficinas de criação, ouvir sobre as lendas amazônicas. Todas as atividades são acompanhadas e monitoradas por pedagogos e arte-educadores.

Conheça

Para ampliar o seu conhecimento sobre as Lendas Amazônicas visite também:

http://www.aventura-am.com.br/port/lendas.htmhttp://www.areaindigena.hpg.ig.com.br/lendas.htmhttp://www.rosanevolpatto.trd.br/lendas%20do%20Norte.htm